28 de dez. de 2022

Eu sou o não, que não pode ser, que não é...

Perceber os sentimentos mais íntimos dos meus próximos nunca foi algo fácil, as pessoas mudam isso é fato. É mais difícil ainda quando finalmente ganhamos maturidade o suficiente não só para perceber o quanto os outros amargaram e entristeceram, mas pra aos poucos perceber em si mesmo essa mudança. Me deparei eu mesmo com menos sorrisos, mais convicção de nunca estar errado. Como uma arrogancia impregnado nos ossos, algo como uma tatooagem que fica quase explícita na personalidade. O sorriso enrijecido, palavras ásperas beirando a grosseria... Não se sabe ao certo se foi a poeira dos últimos anos, ou a maturidade e ou falta dela em algumas partes.
O passado ainda e confortável, mas não dá mais pra pegar com a mão, apesar de tudo. O passado não pode ser revivido ou novamente escrito e aos poucos não fica mais atraente. E no final pode ser isso o motivo de tudo, não poder reviver nem mudar, já que o presente é muito agridoce. 
E novamente estou tão longe da onde estava determinado a ir...