3 de ago. de 2016

Questões finitas, alegria e babaquice hereditária


Olhe só aquela moça tão cheia de querer, de boa família e se sentindo uma pessoa legal. Irrefutável sua arrogância no olhar disfarçada com uma leve camada de simpatia. Sua família mora em um apartamento de classe media alta, em uma cidade ao lado. Todos com caras de panacas inclusive ela, tão cheia de likes e comentários repetitivos em suas fotos, vejam bem a cena atual da patricinha moderna. Infelicidade também se esconde em seu olhar, afinal ela é maravilhosa ou pelo menos se sente assim. É de rosto muito bonita, entretanto de corpo nem tanto. Agora falando em intelectualidade é algo que chega a ser ate mediano, mas também só por falar língua estrangeira, nada mais de agradável em quem consegue segurar um namorado por incríveis quatro meses em media. Ate que demoram em perceber a baixa qualidade do produto por dentro da embalagem, igual aquele fones de ouvido falsos por 40 reais da Apple, ou tempo suficiente para ela resolver liberar a sua perseguida e todos entenderem como nem isso vale muito a pena, simplesmente chegar e abandonar um barco. Eu nem sei aonde quero chegar na verdade, como Jimmy Gold diz "essa merda não importa, nada nessa merda importa".



E porque esse infeliz “eu” não descansa, não aquieta o facho, isso já falando de mim baby. Já estou de saco cheio de andar sendo levado por vontades e instintos, preciso colocar de imediato uma rédea em mim, o ser rebelde que quer se aposentar, o pegador, o gastador. Não muito diferente do papo do paragrafo acima, não estou psicologicamente distante daquela moça (mosca). Amar é complicado, as amizades ficaram complicadas e nesse meio o que sabemos de amor e sobre amor começa a desfazer e perder o sentido antigo, os valores derrubados o clichê se foi. O exato ponto onde deixamos de ser diferentes e excepcionais, nos focamos agora no “salario bruto” aquela contagem medíocre dos holerites, onde todos um dia são obrigados a ser comprados. Trabalhar não significa que você é pago para desistir dos seus sonhos eu discordo disso, sempre que possível vou reiterar. O verdadeiro inimigo dos nossos sonhos ou pelo menos a maior batalha dentre as muitas é na maioria das vezes contra si próprio, contra o próprio comodismo. Todos vão para uma fila um dia onde os diferentes se tornam iguais, chatos e comuns. Sinto-me passando por esse momento, sinto me passando por uma transição confusa onde não sei preciso me encontrar sozinho ou não, deve ser algo relativo a essa idade de vinte e poucos.

Depois dos vinte e poucos o banheiro se torna realmente uma igreja, os banhos tendem a ser mais longos e pensativos e até na hora de cagar, você se vê sentado muito mais tempo do que precisa, mesmo depois de ter sujado a privada você permanece sentado e pensando (para os mais profundos) ou mexendo no celular ate sua coxa começar a doer e quando você se levanta o formigamento vem debaixo da cintura parecendo que estamos andando descalços em cima de um formigueiro gigante com formigas de três centímetros. Em toda vida precisamos de carinho, mas na crise dos vintes precisamos de paciência e compreensão não se esquecendo em nenhum segundo da calma e serenidade. E como disse Stephen pela voz de Ruthstein, que por sua vez criou Jimmy que disse "essa merda não quer dizer merda nenhuma" e digo para mim mesmo brincando com a sorte, não façam isso em casa...


Sobre a garota citada gostaria de mandar um beijo e um aperto na bunda, mas acho que ela iria gostar então, até a próxima.