23 de set. de 2014

A busca incansável pelo EU

        Consigo ouvir somente neste quieto momento, o silencio interminável e torturante do relógio enquanto há carga. Eu pairando no sofá em plena uma e meia da madrugada, me pergunto para onde estou pendendo nesta corda bamba, neste breu da sala consigo comparar o vazio e o silêncio com meus antigos amores.
        E porque tanto Eu... eu... meu... Sempre como centro das ideias, "eu" sempre como o front, "eu" sempre o das ideias, "eu" sempre do talento, "eu" sempre brilhante, "eu" como o centro, o centro da solidão, o centro da sala escura, o centro do vazio, o sempre abandonado, o "Eu" do egoismo, o sempre old school e retro, eu sempre sem graça, eu só como o nada. Assim restaura o equilíbrio nem sempre no eu, nem sempre em mim e quase sempre como você, como qualquer um.
         Realmente somos egoístas e insatisfeitos, e para acalmar e equilibrar temos o amor, onde tudo se iguala ao nada e onde pouco se iguala com muito, onde és tão pequeno e onde É nosso mundo.