20 de ago. de 2014

E Eu Simplesmente Fugi, Porém Permaneço Aqui

Pergunto-me quando foi que meu romantismo morreu e quando passei a primeira vez por cima dos meus princípios, talvez tenha sido quando menti pela primeira vez, ou quando omiti pelos milhares, nas mentiras já não sabia quem eu era de verdade.

E assim fui perdendo encanto, a voz, a escrita, passei a viver por ela, passei a me enganar, passei a humilhar, e comecei a me esquecer de mim o real eu, criando assim mesmo que bem aos poucos uma nova imagem, uma emparelhada miragem uma copia do mal com aperfeiçoamentos. Uma alma penada enganadora e mentirosa, pretensiosa e arrogante.

A queda sempre e muito grande, o erro um belo dia se torna a solução, a programação do meu ser se superou, de destruindo e me destruindo de uma forma, nessa época o corpo dominava a mente, perdi vontade perdi carinho, não sabia mais ser carinhoso.

Passou pouco tempo e aprendi a ter tudo de volta o carinho o calor, o amor e tudo isso para alguém que em tão pouco tempo tentaria me derrubar, rejeitando assim meu desajeitado modo de rearmar, era como uma broca na fina folha de gesso, tudo dizia para embrutecer ser aquele androide arrogante de novo, em tão pouco tempo acumulei tanto pra dar, tanto amor tanto carinho, não jogaria isso fora para um mundo de mentiras e amores de uma noite regada a sexo apenas e uma cama e uma vida vazia no fim das contas.


E assim permanece tudo aqui, insisto solenemente nesse amor o ultimo que restou. Sim! Aquele amor o qual guardei e escondi do vendaval, não tenho mais o que sentir, não tem que dividir sentimentos, sim, tudo é solene a esse amor, o novo, o ultimo, amor o que guardei só para nós dois o que no qual insisto ofegantemente, e que há de se tornar o maior de todos.