Pergunto-me
quando foi que meu romantismo morreu e quando passei a primeira vez por cima
dos meus princípios, talvez tenha sido quando menti pela primeira vez, ou
quando omiti pelos milhares, nas mentiras já não sabia quem eu era de verdade.
E
assim fui perdendo encanto, a voz, a escrita, passei a viver por ela, passei a me
enganar, passei a humilhar, e comecei a me esquecer de mim o real eu, criando
assim mesmo que bem aos poucos uma nova imagem, uma emparelhada miragem uma
copia do mal com aperfeiçoamentos. Uma alma penada enganadora e mentirosa, pretensiosa e arrogante.
A queda sempre e muito grande, o erro um belo dia se torna a solução, a programação
do meu ser se superou, de destruindo e me destruindo de uma forma, nessa época o
corpo dominava a mente, perdi vontade perdi carinho, não sabia mais ser
carinhoso.
Passou
pouco tempo e aprendi a ter tudo de volta o carinho o calor, o amor e tudo isso
para alguém que em tão pouco tempo tentaria me derrubar, rejeitando assim meu
desajeitado modo de rearmar, era como uma broca na fina folha de gesso, tudo
dizia para embrutecer ser aquele androide arrogante de novo, em tão pouco tempo
acumulei tanto pra dar, tanto amor tanto carinho, não jogaria isso fora para um
mundo de mentiras e amores de uma noite regada a sexo apenas e uma cama e uma
vida vazia no fim das contas.
E
assim permanece tudo aqui, insisto solenemente nesse amor o ultimo que restou.
Sim! Aquele amor o qual guardei e escondi do vendaval, não tenho mais o que
sentir, não tem que dividir sentimentos, sim, tudo é solene a esse amor, o novo,
o ultimo, amor o que guardei só para nós dois o que no qual insisto
ofegantemente, e que há de se tornar o maior de todos.